
Um problema menor. É assim que os ambientalistas definem a praga do escaravelho vermelho que se instalou nos últimos sete anos por todo o território português. “Não se pode comparar o impacto causado pela praga das palmeiras com o impacto do nemátodo do pinheiro, por exemplo, ou com os problemas que afectam o montado de sobro, que têm grandes consequências económicas para o país”, considera o especialista em florestas da Quercus, Domingos Patacho.
O facto de o escaravelho vermelho apenas atacar, até ao momento, as palmeiras, espécies ornamentais e exóticas, leva o ambientalista a defender que “o Estado não deve afectar grandes recursos a lutar contra esta praga”: “Há problemas mais prementes como o nemátodo da madeira do pinheiro e as doenças associadas ao declínio do montado de sobro. Aí sim, os investimentos deveriam ser maiores”, diz Domingos Patacho, acrescentado que os custos “demasiado elevados” dos tratamentos, incomportáveis para muitos proprietários, são outro dos problemas.